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Overcoming the challenges of overtreating and undertreating inflammatory bowel disease
Temido MJ, Honap S, Jairath V, Vermeire S, Danese S, Portela F, Peyrin-Biroulet L.
Lancet Gastroenterol Hepatol. 2025 May;10(5):462-474. doi: 10.1016/S2468-1253(24)00355-8. Epub 2025 Feb 6. PMID: 39919770.
Highlights

Revisão que analisa a questão crítica do desajuste terapêutico na abordagem da doença inflamatória intestinal (DII), abrangendo tanto o sobretratamento como o subtratamento. espaço.png

O sobretratamento afeta frequentemente indivíduos com fenótipos de doença ligeira ou indolente, que são expostos desnecessariamente a terapêuticas avançadas. Embora estas abordagens possam ser benéficas em casos mais graves, podem acarretar riscos injustificados — como infeções graves, neoplasias e um aumento substancial dos encargos financeiros — quando aplicadas a doentes com baixa probabilidade de progressão da doença. A ausência atual de biomarcadores preditivos validados limita a capacidade dos clínicos para adaptar o tratamento com confiança, com base na trajetória da doença. espaço.png

Por outro lado, o subtratamento persiste em doentes com cursos agressivos da doença, incluindo aqueles com inflamação extensa, complicações estenosantes ou penetrantes, ou manifestações extraintestinais. Apesar dos avanços notáveis nas terapêuticas farmacológicas e da adoção de estratégias treat-to-target e top-down, uma proporção significativa de doentes com DII continua a apresentar resultados subótimos, devido a terapêuticas de intensidade inadequada. Estes indivíduos recebem frequentemente escaladas terapêuticas tardias ou insuficientes. Tais práticas contribuem para inflamação persistente, dano de órgão irreversível, necessidade de cirurgia e deterioração da qualidade de vida. espaço.png

Em conclusão, a otimização dos cuidados em DII requer uma abordagem terapêutica equilibrada e individualizada. A seleção apropriada do tratamento, baseada na gravidade da doença e no prognóstico, é essencial para mitigar consequências nefastas, melhorar a qualidade de vida dos doentes e para a promoção de uma utilização mais eficiente dos recursos de saúde.